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Educação Financeira Infantil: Quando começar?

Educação Financeira!

Educação Financeira Infantil: Quando começar?

Quando iniciar a educação financeira infantil? Quando dar o primeiro passo para ajudar os filhos a desenvolver uma boa relação com o dinheiro?

Antes de mais nada, é importante enfatizar que muitos pais ainda ignoram esse processo com suas crianças. Para eles, dinheiro seria “coisa de adulto” e assunto proibido para os pequenos. Mas posso garantir que esse é um grande equívoco.

A educação financeira infantil é a base para criarmos filhos mais conscientes e evitar que, no futuro, eles desenvolvam uma ansiedade que os leve à indisciplina e a más escolhas financeiras. E existem algumas estratégias que ajudam nesse processo.

O exemplo como educação financeira infantil

Você já deve ter ouvido a expressão “liderar pelo exemplo”. Ela parte da premissa de que uma das melhores formas de garantir resultados de seus liderados é por meio de suas atitudes e ações, que serão espelhadas por eles. E, quando se trata de educação financeira, isso não é diferente.

Não adianta nada ter um discurso eficiente sobre o bom uso do dinheiro se você não tem controle sobre seus gastos. Suas atitudes influenciam mais do que seus discursos. Por isso, dar o bom exemplo é fundamental. E isso deve começar o quanto antes.

Vários estudos demonstram que o aprendizado da criança começa ainda no ventre da mãe. Isso quer dizer que uma mãe disciplinada, com horário para dormir, acordar e se alimentar, vai motivar no filho um sentimento positivo em relação à rotina, à disciplina e à organização. E isso vale também para toda a infância dele.

Desde a mais tenra idade, a criança já percebe que há uma diferença entre ela e os adultos, que existem papéis para cada um. E são as suas atitudes que o filho irá usar inconscientemente como inspiração para se construir como indivíduo na sociedade.

Não blinde seus filhos 

Muitos pais procuram afastar as crianças da ideia de dinheiro por acreditarem que esse não é um assunto para elas. É a velha noção de que “dinheiro é coisa de adulto”.

Mas enfatizo aqui o alerta: essa é a pior educação possível que você pode dar para os pequenos.

Quando blindamos nossos filhos de algo que faz parte da vida deles, contribuímos para que desenvolvam uma relação ruim com o dinheiro, baseada na ansiedade e na paixão.

E a consequência disso é a criação de um futuro adulto indisciplinado com gastos, como é o caso da maioria das pessoas no Brasil. 

Por isso, em vez de censurar, use sua imaginação. Faça brincadeiras, seja criativo, eduque. Isso será fundamental para criar futuros adultos mais conscientes de suas escolhas.

Mas como fazer isso?

Dinheiro deve ser algo natural

A melhor maneira de dar educação financeira aos filhos é fazê-los desenvolver a relação mais natural possível com o dinheiro.

É ótimo, por exemplo, dar às crianças a oportunidade de manusear notas e moedas. Assim, aos poucos, elas são capazes de perceber a lógica que envolve sua troca por um bem ou serviço.

Uma boa tática é incentivá-las a abrir o cofrinho e separar as moedas por grupos – o que também ajuda a desenvolver noções básicas de matemática. Outra é brincar de banco com elas e ensiná-las o funcionamento do processo de compra e venda.

Quando a criança chega aos 6 anos, mais ou menos, vale a pena intensificar o costume de aproximação com o dinheiro. Uma pequena mesada já pode ser aplicada, para ajudá-la a desenvolver a noção dos pequenos gastos, do funcionamento do orçamento doméstico e do bom planejamento financeiro.

Se, por exemplo, a mesada do seu filho for de R$ 20, você pode incentivá-lo a guardar metade disso para comprar um brinquedo mais caro, e compreender a importância de poupar e acumular. Esta é a base da inteligência financeira: a de que pequenos sacrifícios valem a pena quando envolvem grandes recompensas.

Não faça como a maioria das famílias que veem o dinheiro como uma questão de adultos. Garanta a educação financeira infantil de seus filhos. Você verá como, lá na frente, isso será recompensado com filhos mais preparados para fazer boas escolhas e construir uma vida rica.